segunda-feira, junho 27, 2011

A menina do reflexo do meu espelho

Há uma menina no reflexo do meu espelho. Eu acho que ela está triste. Seus olhos estão vazios e há muitas olheiras, como se não dormisse bem há vários dias. Pareçe que ela está tentando segurar lágrimas. Sua pele está  pálida, acho que ela não se sente viva. Seus lábios tentam disfarçar um sorriso falso. Suas mãos tremem segurando uma foto rasgada. Ela tem muitas cicatrizes em seu braço, e isso pareçe a encomodar. Começa a tocar uma música no rádio e a menina congela. As lágrimas estão caindo em seu rosto, e nesse momento ela já está no chão, segurando seu corpo como se ele fosse desmontar. Depois de longas horas, entre soluços ela susurra '' eu não aguento mais '' mesmo sabendo que está completamente sozinha. Ela começa a escrever, as letras estão borradas pelas lágrimas que ela deixa cair, há vários parágrafos falando sobre a dor incessante que sente. Aquele amontoado de frases se finaliza com uma  um pedido de socorro, acho que ela está se sentindo fraca, então ela deita no meio do tapete, fecha os olhos e novamente lágrimas começa a cair.

domingo, junho 26, 2011

Sufocando

Eu queria uma explicação simples do que eu estou sentindo por dentro, o porquê de estar assim, tão vulnerável e assustada. Antes conseguia controlar meu choro e  hoje as lágrimas não param de cair, e dói tanto.. Há tanta coisa acumulada e com o tempo  vai sufocando, sufocando até não intender mais nada, não conseguir mais sorrir.

sábado, junho 25, 2011

Palavras

Há horas fico perguntando a mim mesma o porquê disso tudo. Eu não te conheço mais, todo aquele carinho e amor fora embora já faz tempo, e suas palavras foram ásperas e doloridas, como se tivesse falando com qualquer objeto no qual descontaria sua raiva. Seus olhos que um dia já passaram calma hoje transbordavam raiva e ódio. E eu fiquei parada diante de toda essa raiva. Havia milhares de palavras que eu queria ter dito, havia muitas coisas guardadas, esperando algum dia para poder falar, e eu permaneci calada. Não sei porque, talvez por saber que nenhuma de minhas palavras iriam conter a sua raiva, muito menos intender o que eu viria a dizer, talvez porque a dor já é tão forte que eu não tenho mais força, e se as falasse desabaria, e não conseguiria mais levantar. Eu tento intender como as coisas chegaram nesse ponto, mas todas as frases proferidas por você desde ontem passam em minha cabeça aumentando a dor, rasgando por dentro e tirando minha vontade de viver.

quinta-feira, junho 16, 2011

Eu só queria

Me perco no tempo, me perco em lembranças entonadas ao mesmo ritmo de uma canção sem rima. Hoje eu olho no espelho e não consigo mais me reconhecer. O que o passar desses longos mêses me tranformaram?o que você conseguiu fazer comigo depois de tantas mentiras medíocres? em uma bagunça de lembranças, pensamentos e dor?. A dor já não está mais tão presente em mim - ou está e eu simplesmente não consigo mais a diferenciar dentre todos esses sentimentos banais que resolveram habitar minha alma que grita, grita, e ninguém ouve-. Tenho tantas lembranças para esquecer. Tantas palavras falsas que me trouxeram tormento durante intermináveis dias e noites. Tenho tanta coisa fazer. Tantas coisas novas para descobrir e viver, e eu me vejo aqui, caida em um chão sujo repleto de milhares se cacos- que são os cortes do nosso amor- e não consigo levantar, pois toda vez que acho que estou ''madura'' o suficiente para isso, um desses milhares de cacos me machucam, e novamente todo aquele amontoado de fendas e cicatrizes se abrem. Eu só estou cansada de reviver todo aquele pesadelo - que fora meus últimos mêses- todas as noites, me tornando cada vez mais fraca e sem coragem de seguir em frente. Eu só queria que tudo isso passasse, que alguma luz de esperança surgisse em mim - eu sei que quem deveria achar essa luz perdida dentro da minha alma, totalmente obscura sou eu- mas eu só queria que alguém apararecesse e acabasse com essa dor, e surgisse uma luz, e que eu soubesse que dessa vez estou indo para o caminho certo, não mais voltando aquele caminho pavimentado e cheio de adagas velhas - lembranças que se tranformaram em fantasmas que me perseguem e me cansam a cada pequeno passo que eu resolvo dar-. Sei que sou mais forte do que isso. Eu sei que sou mais do que isso. E eu não quero mais me olhar no espelho e me ver desse jeito. Eu não quero mais ver nenhuma ferida se abrindo. Eu não quero ver meu sangue escorrendo por entre meus dedos. Apenas não quero mais lembrar de tudo isso e reviver isso a cada dia, a cada segundo.
Queria poder apenas me olhar no espelho e conseguir me ver, como eu era, como eu já fui. Eu não quero mais usar uma máscara escondendo  tudo o que eu sinto. Eu quero deixar de sentir tudo isso. E quero que tudo isso, essas lembranças, e tudo que me faz mal fique longe, bem longe de mim.

Não consigo entender, e nem se quero.

 Minha cabeça gira, recheada de lembranças doloridas que não saem do meu pensamento. E eu não consigo mais sentir dor, nem nada. Eu vejo esse amontoado de lembranças medíocres e simplesmente me perco dentro de mim. Não sinto vontade de voltar a trás e concertar, não me culpo mais também, apenas tenho uma incessante vontade de consumir com tudo isso, trancafiar dentro de um baú e queimar. Imploro todas as noites, que tudo isso vá embora, que pare de torturar, que simplesmente não permaneça mais em minha mente.Tenho vontade de gritar, gritar aos quatro ventos, gritar a você, a mim, gritar, apenas gritar tudo que eu sinto aqui dentro, porém eu não intendo mais nada. Não sei se é dor, desprezo, saudade, amor. Eu apenas não sei. Não consigo entender. E nem sei se quero entender. Já faz tanto tempo e parece que tudo aconteceu há tão pouco tempo..

quinta-feira, junho 09, 2011

Artifícios do amor

De um tenpo pra cá, sinto uma necessidade incontestável de libertar essas palavras soltas,que aos poucos formam uma melodia triste, a qual eu já estou habituada, criando meio que uma repulsa com todas essas malditas lembranças que se amontoam e bagunçam minha cabeça bagunçada.Mas há algo que me impede.Uma parede talvez. Não consigo as segurar para que formem frases, as quais eu possa entender e libertar essa sensação de vazio-totalmente-cheio. E assim, eu fico perdida, numa imensidão de lembranças dessarumadas.  O meu desarrumo, que para muitos seja incompreendível, mas eu me dou bem com ele. Nada entra, nada sai.Por enquanto estou pondo tudo em ordem, vendo o que preciso esquecer, o que posso guadar em minhas memórias, o que posso levar ao futuro, o que deixo no passado, e o que simplesmente jogo fora da minha vida. Ai que entra a parte totalmente-quase-impossível para mim: o momento de esquecer e jogar sentimentos que me fazem mal fora. Estou tentando parar de pensar tanto nos outros e começar a focar em mim, meus sentimentos em prioridade. Pode parecer egoísta, mas estou exausta de quebrar a cara milhares de vezes com pessoas que simplesmente não mereçem minha boa educação. Não preciso de palavras e sentimentos falsos. Que nem os sentimentos surgem, eles vão embora. E essa vez, não foi a última vez que irei ficar cega aos artifícios do amor.Porém há uma grande diferença hoje em mim: não importa quanto você ame uma pessoa, mas no momento em que ela começa a trair a confiança,fidelidade, sentimentos e palavras, o significado ''amor'' se perdeu há muito tempo. Quem ama não trai.Quem ama não machuca. Pode parecer cliclê, mas é verdade. O pedido de desculpas se tornou banal. Não adianta pedir desculpas e fazer sempre a mesma ação totalmente egoísta e idiota que contraria as regras do amor - as regrar do amor que eu conheço, que eu mesma criei, em cima de minhas noites longas e'' chorosas'' de frustrações-. Não tenho nenhuma resposta concreta ainda, e ainda continuo uma bagunça, lotada de sentimentos. Acho que eu vivo a base de extremo sentimentalismo, e não me encomodo com isso. Só que quero que com o tempo, minha mente abra, e eu consiga responder todas essas perguntas que estão presas em minha mente, e logo irei conseguir ver o que é bom pra mim e o que não é.

domingo, junho 05, 2011

Dessa vez eu já vesti minha armadura

Começei a deixar de lado todas aquelas fendas que por mêses, todas as noites se abriam, rasgando-me, até que eu em prantos, implorasse que tudo aquilo simplesmente sumisse.Todas as noites, a dor se adonava do meu corpo, que já estava exausto demais para lutar, e por não conseguir mais aguentar, eu chorava, até que todas as lágrimas acabassem, até que todos os gritos se cessassem e depois finalmente eu conseguia dormir. E depois, os pesadelos surgiam, e eu tinha que sair daquele imenso poço onde você me jogara, e eu acordava assustada, gritando teu nome, e depois de então, o silêncio perturbador me aconchegava.Nascia um novo dia, e eu levantava da cama, pondo minha armadura, usando como artifício um imenso sorriso falso, que até a noite estava instalado em meus lábios, e quando chegava em casa, eu desabava, fechando-me em meu quarto escuro, e vivendo o mesmo pesadelo todos os dias.
Cheguei em um momento que eu não aguentava mais. Eu estava exausta de não gostar mais de mim, de me machucar com lembranças cruéis que minha mente ensistia em guardar. Eu tinha chegado no meu ponto máximo. Eu não aguentava mais aquele gelo e aquela dor se aponderando do meu coração- se é que ainda posso chamá-lo assim-. Eu cansei de me sentir sozinha e vulnerável. De ser fraca e deixar que tudo isso me consumisse. Só que eu não achava forças para levantar, e com a cabeça erguida passar por tudo aquilo que me matava. Eu fiquei perdida.E talvez ainda esteja, aquela bagunça, já não está mais tão bagunçada assim. Tudo está voltando ao normal. Só que dessa vez eu aprendi,já vesti minha armadura.

sábado, junho 04, 2011

Salve a donzela da dor

Parece que foi ontem que eu me vi dizendo ''acabou tudo'' e já se passou quase quatro mêses.Parece que se passou dias que eu me via a chorar e acordar no meio da noite gritando seu nome, e na verdade passou mêses e eu fiquei parada no tempo, vivendo em minha cabeça aquele amontoado de cicatrizes que me trazem dor e desespero toda vez que as lembrava.
O tempo passa rápido, mesmo quando uma hora custa a passar.Quando se ama o tempo voa, e ao mesmo tempo parece congelar.Mas quando se está sozinha um minuto se torna interminável.
Noites frias vem surgindo, o inverno está aqui, presente, e o calor ficou lá trás, junto com os momentos felizes.Estou me sentindo vazia, vazia e fria.Eu olho para os lados, e meu coração parece nem ligar.Procuro entre milhares de rostos, um rosto que faça meus olhos brilharem e meu coração quase morto até então, acelerar.Procuro um amor, diferente de todos que eu amei.Procuro um amor que consiga finalmente aquietar meu coração, que busca por alguma coisa desconhecida, que apenas faça essa dor sumir.
Noites frias e várias páginas rabiscadas falando de mim,várias palavras que juntas formam um pedido: que o príncipe encantado venha e salve a donzela da dor.