domingo, julho 25, 2010

Rotina

Os sussurros viram gritos.Os gritos viram lágrimas, e finalmente eu acordo, no meio da madrugada,não é novidade, pra falar a verdade, isso já se tornou rotina. Todos os dias o mesmo pesadelo. Os mesmos gritos. As mesmas lágrimas amargas. E logo depois disso vem a tua lembrança, incediando minha mente, fazendo as bordas do meu coração latejar, e aquelas enormes fendas,sangrar.Quando tudo isso vai parar ?. Quando você vai parar de aparecer em meus sonhos ?. Quando esse pequeno fragmento que sobrou por ti, vai se desfazer, e enfim, poderei viver em paz?. Tento te esquecer, mas procuro lembrar de tudo que a gente viveu juntos, eu preciso disso. Precisarei disso para permancer viva.

quinta-feira, julho 22, 2010

Me tira daqui


Sinto enormes adagas perfurarem meu corpo. Eu grito. Será que você vai me ouvir ?.Você disse para mim não ficar com medo. Me tira daqui, eu berrei. E você já estava longe demais para me ouvir...

terça-feira, julho 20, 2010

Era como se nunca tivesse um buraco em meu peito.

Hoje quando acordei, foi diferente de todas aquelas semanas.Eu estava feliz em acordar.Estava animada pro dia que estava por vir.Lembrei das suas palavras tão doces de ontem a noite. Meu coração batia normalmente. Era como se  nunca tivesse um buraco em meu peito.Mas, será que foi real ?.Foi real sim. Eu sinto. Olhei-me no espelho, e dentro dos meus olhos havia um brilho tão nítido, sorri, meus olhos se tornaram vazios desde que você havia partido. E hoje, o brilho estava de volta. Minha pele não estava mais tão pálida, estava começando a voltar a cor. Sorri novamente. Ri de mim mesma. Há quanto tempo não tinha um sorriso verdadeiro ?. Você prometeu, e sabia que iria cumprir.Sabia que nunca me abandonaria. Eu sabia que apesar das enormes barreiras que sempre se formam em nosso caminho, nosso amor as derrubaria. Nosso amor é mais forte.

segunda-feira, julho 19, 2010

Nunca

Nunca, nunca irei te perdoar por tudo que você me fez passar, e por tudo que você esmagou dentro de mim.Nunca irei te perdoar por ter feito minha vida virar de contos de fadas á filme de terror.Nunca irei te perdoar por todos aqueles cortes, por todo aquele sangue derramado por ti...Nunca. Nunca irei te perdoar por ter saído da minha vida, nem por aquele amontoado de promessas não cumpridas que você deixou pra trás.Nunca irei me perdoar por ter te deixado partir.

domingo, julho 18, 2010

Banco na montanha

E mais um dia chuvoso teve seu fim.E eu continuo aqui, a observar o céu negro.Não há nenhuma estrela. Até a lua se escondeu. O vento gelado, uiva furiosamente. Fim de Julho se aproxima.Suspiro. Faz exatamente um ano desde que você saiu da minha vida.Ainda lembro bem,como se fosse ontem. Era fim de tarde,estava observando o vento furioso contra as árvores, quando meu celular vibrou. Era mensagem, com número desconhecido. " Se eu fosse você, iria ver com seus próprios olhos o que seu namorado faz. Sabe aquele banco, na montanha ? vai lá agora.". Achei besteira.Dei risada da mensagem. Resolvi ligar pro Ian, caixa postal.Estranhei. Tentei novamente. Caixa postal. Fiquei nervosa. Mesmo sabendo que ele não estaria fazendo nada de errado, quis ir lá na montanha, afinal, fazia tempo que eu não ia lá.Uma voz em minha cabeça zombou de mim, " boba, não tem confiança nele é ?", balançei a cabeça, como se fosse adiantar. Aquela maldita voz não ficava queta.Liguei meu ipod,e tentei me distrair. Chegando lá em cima, senti um arrepiu percorrer meu corpo, respirei fundo,e continuei caminhando.Quando me aproximei do bando, meu corpo tremeu, só podia ser brincadeira. Não, não, não era verdade.Custava acreditar no que meus olhos estavam mostrando-me.Gritei "nãoo",e Ian me olhou assustado. Ele levantou do banco rapidamente e tentou se explicar " Ju, calma, não é o que você está pensando", as lágrimas escorriam sem parar em meu rosto. Resolvi olhar quem era a pessoa que estava com ele. Não,não podia ser.Limpei as lágrimas com a manga do meu moletom, olhei novamente. Meus pés vacilaram. Não podia ser a Bruna. Não, minha melhor amiga não poderia estar fazendo isso comigo, não ela, cravei as unhas em minha mão, as lágrimas voltaram a cair.Bruna estava chorando também, me olhou, e entre soluços falou:
-Ju,eu não queria,Ju, não é o que você está pensando, por favor, desculpa,desculpa,
Não conseguia ficar de pé, minhas pernas tremiam, cai ao chão, e fiquei lá, olhando para os dois, á minha frente. Ian tentou me levantar e eu gritei" me solta, tira as mãos de cima de mim".
Respirei fundo, acho que umas três vezes, e por fim falei:
- A quanto tempo ? a quanto tempo vocês vem fazendo isso ?
Bruna falou rapidamente " foi a primeira vez", Ian baixou a cabeça.
Ian, chamei-o, hoje foi a primeira vez ? olhei no fundo dos seus olhos.
Ian sustentou meu olhar por alguns segundos, depois baixou a cabeça, e com um leve susurro respondeu:
- Há 2 mêses.
Olhei pra baixo. Meu coração estava em chamas. As lágrimas não cessavam.Fitei o chão por longos minutos. O silêncio me acalmava.
Bruna acabou com o silêncio e falou:
- Ju, para, tua mão!
Olhei para minha mão, e lembrei que tinha cravado as unhas ali, minhas unhas estavam fundo em minha mão, e o sangue corria. Não me importei. A dor do meu coração era maior do que qualquer sangue que podia escorrer agora. As vozes não se calavam, " ele nunca te amou, ele nunca te desejou, ele sempre quis a Bruna, você está sobrando querida". A raiva formigava em minhas veias, levantei, e fui caminhando, até a ponta da montanha, olhei para baixo, senti o frio tomar conta do meu corpo. Ouvi atrás de mim Ian dizer :
- Ju, volta, por favor.
E quando ele segurou meu ombro, eu me joguei, montanha a baixo.E não lembro de mais nada.Até que acordei no hospital. Meu olhos custavam a se acostumar com a claridade, e Bruna estava do meu lado, segurando a minha mão. As cenas do ocorrido embaçaram minha mente.O que ela estava fazendo aqui ?. Tentei falar, mas minha voz não saiu.Tentei novamente, consegui, disse:
- Sai daqui, sai d a q u i !
Bruna sorriu e disse:
- Calma Ju, você se salvou de um acidente horrível,devia estar feliz.
Bateram na porta, era a enfermeira, trazendo o almoço
- Juliana! que bom que você acordou. Você precisa se alimentar. Daqui a poco venho ver como você está. 
As vozes tomaram minha mente, " mate-a, ela acabou com o seu grande amor, mate-a!"
Peguei a faca, que estava junto com a comida, e cravei no seu ombro.Ela gritou, a porta abriu, e Ian e minha mãe estavam me olhando, apavorados.
Minha mãe falou:
-Ju, larga essa faca, 
Fitei Ian por longos segundos.Depois olhei a faca em minhas mãos.Olhei minha mãe aflita me olhando. Abaixei os olhos,e quando fui largar a faca, peguei-a com mais força,cravando-a em meu pulso.



quarta-feira, julho 14, 2010

I hate you

Você sabia, você sabia muito bem o que estava fazendo.Sei que nesse momento sua memória não falhou.Lembro muito bem daquela noite, que eu te falei, que mesmo depois de tudo que poderia acontecer no futuro,a única coisa que você poderia fazer que iria me ferir profundamente,era ter tomado essa atitude, a qual você deciciu tomar.Não pensei que seria capaz de descer a um nível tão submerso.Você acabou de pisar em minhas esperanças perdidas.Parabéns, eu te odeio. Juro, te odeio com todas as forças que sou capaz de ter.Hoje, jurei a mim mesma, que tudo aquilo que fora amor, será transformado em ódio.

 

sábado, julho 10, 2010

Mais uma, de tantas promessas não cumpridas.

Tento descobrir aonde é que dói, logo desisto. A dor é fortemente real.Não posso combatê-la, nem chegar perto. Se eu tentar perfurar a barreira, dói. Estou presa em uma bolha,dentro de mim mesma.Tendo prestar atenção ao que está acontecendo ao meu redor.Não dá. Minha mente quer se desconectar. Minha cabeça gira, sem direção.Me vejo perdida.Estou sozinha.Estou caindo.Posso sentir o vento em meus cabelos, a liberdade... o perigo.Tudo está calmo.Minha respiração acelera.Meu coração pulsa demasiadamente rápido.Meus pés vacilam.Meu corpo lateja. Aonde que lateja? eu não sei.A dor está voltando novamente.Quero fujir.Preciso correr.Mas pra onde ?. Não consigo me erguer.Não tenho forças suficientes.O que eu posso fazer?.Cadê você ? Diabos, cade você quando eu preciso ? Eu estou fraca, eu preciso de você.Você prometeu que nunca me abandonaria.Você prometeu sempre cuidar de mim. Aonde está você agora, quando eu mais preciso ?. 

quinta-feira, julho 08, 2010

Você prometeu

Onde estava você quando tudo desmoronava em minhas costas ?
Você prometeu que nunca me deixaria,
E hoje, estou aqui,sozinha,
olhando a chuva cair do lado de fora da minha janela,
com meu coração despedaçado,
rasgado e maltratado,
partido no chão.

terça-feira, julho 06, 2010

Tulipas Vermelhas

Hoje quando acordei, foi diferente de todas as outras semanas, quando abri meus olhos, não senti meu coração latejar.Meu coração estava batendo normalmente. Ohei no espelho, os cortes não estavam mais tão profundos, sorri. Havia brilho em meus olhos, eu estava realmente felliz.No caminho até a escola, as músicas que me remetiam a meu passado, eu exclui da lista, e dexei apenas músicas animadas.Parei de me culpar por tudo que aconteceu.Sei que esse erro não foi só meu. Você também tem culpa.Você também tem ódio.
Olhei para a rua, e vi você do outro lado da rua com uma tulipa vermelha.Meu coração parou repentinamente, pontadas agudas foram se cravando dentro de mim. Tulipas vermelhas, minhas preferidas.Respirei fundo,senti o ar entrar rasgando por entre meus pulmões, meu coração fraquejou, mas aguentei firme,ergui minha cabeça, e continuei caminhando.
Você estava vindo em minha direção. Não sabia o que fazer. Apressei meu passo. Porque logo hoje ? quando achei que poderia estar curada de todo aquele sofrimento.Você correu, e se parou a minha frente. Sorriu, fazendo meu coração paralisar.Isso era injusto! ele sabia o poder que o sorriso dele tinha contra mim. Ele fixou seu olhos cor de topázio nos meus, e disse calmamente:
-Ei, não foge de mim, vim em paz - ergueu suas mãos quando terminou de falar.
Tentei mostrar que eu já não era mais a mesma, mas não funcionou, acabei rindo.
Tirei o escudo imaginário que eu fiz para me protejer, francamente, como achei que iria conseguir viver sem aquelas brincadeirinhas do Brian ?. Dei risada de mim mesma.
Quando eu me toquei, vi que ele aida estava me fitando, senti minhas bochechas arderem.
Brian continuou falando :
- Acho que nós vamos se atrassar pra escola, vem, eu te dou uma carona, e piscou
Sorri, virei de costas pra ele,continuei caminhando e respondi:
- Prefiro ir de apé.
Não passou mais de três segundo, e ele estava segurando meu braço, olhando em meus olhos, e me alcançou aquela linda tulipa vermelha.
Susurrei com uma voz trêmula 
- Você sabe que isso não vale,terminei de falar, e estava indo para o carro.
Em segundos Brian estava do meu lado, abrindo a porta pra mim,
Dei risada, não estava mais acostumada com um imortal ao meu lado
Chegamos no estacionamento da escola, ele parou o carro. Sua mão fria, agora estava sob a minha. Eu estava tremendo. O que ele queria dessa vez?. A última vez que nos falamos, ele disse que não poderia continuar comigo, que iria me machucar, e agora estou no seu carro, com uma tulipa vermelha,e totalmente perdida nos seus olhos.
Brian levantou meu rosto, fazendo eu olhar em seu rosto, ele abriu a boca, mas não pronunciou nenhuma palavra, apenas me abraçou forte.Nessa hora eu senti que aquele tempo longe não tinha valor algum.Estar nos braços dele novamente fazia me sentir completa.Aquelas velhas fendas que ele tinha aberto quando se fora, acabaram de fechar.Senti uma lágrima rolar em meu rosto,e foi ai que ele começou a falar:
- Brenda, quando resolvi me separar de ti, foi pensando em ti. Não suportaria a idéia que a qualquer momento, eu poderia te machucar.Mas, foi nessas semanas que eu percebi, que cometeria um suicidio se ficasse mais um segundo longe de ti. Eu vou correr qualquer risco para te ter ao meu lado, para sempre.
Quando ele falou " para sempre", meu coração parou de querer sair do meu peito, e se acalmou. Eu sabia que nós ficariamos juntos para sempre, custe o que custar.
E então, ele me envolveu em seu braços,e o mundo não importava mais.
Até que o sinal tocou, e eu lembrei que tinha uma manhã inteira pela frente.


quinta-feira, julho 01, 2010

Até minha mente, resolveu falhar ?

Perdida. Completamente perdida.Perdida dentro de lembranças que enchem minha mente.Minha cabeça gira, gira sem direção. Ah, não, mais uma vez não!. Não consigo mais aguentar essas vozes zombando de mim, apontando meus erros. Os cortes estão aparecendo. O sangue está correndo. A dor está vindo. As bordas do meu coração incendeiam,meu coração pulsa rapidamente, sem parar. Minhas pernas falham.Estou com frio.Tudo está ficando gelado. Sinto frio, muito frio. Minha cabeça lateja. Estou fraca. Não consigo manter o equilibrio. Estou perdendo o controle.Meu corpo grita,implorando a tua presença. O  teu calor para me aquecer. Os teus braços para poder me segurar. Que diabos! onde está você agora ?. Eu choro lágrimas de sangue. O céu está escuro, o silêncio me assusta. Estou sozinha e perdida. Eu procuro te alcançar.Não consigo correr. Não consigo gritar. Estou frágil, igual uma presa, esperando o caçador. E você desapareceu. Todos seus sinais, suas fotos, a cor exata dos seus olhos, seu perfume. Sua imagem em minha cabeça não passa de um embaço. O que serás de mim sem isso ?. Exforcei-me para tentar te imaginar, minha mente me bloquiou. O que está acontecendo ? até minha mente, resolveu falhar ? . Tentei novamente. Meu coração ardeu. Eu gritei.Mas não saiu som algum. Ninguém poderia me ouvir.