sábado, agosto 20, 2011

Limitada

Preciso libertar o que está preso dentro de mim, mas de certa forma não consigo. Me vejo limitada entre páginas mortas que não fazem minha dor aliviar. Me sinto presa dentro de mim mesma. Me via tão confiante nesses últimos dias e agora sinto que tudo desabou, e não há um motivo exato, e nada aconteceu para que eu pudesse me sentir assim. Apenas sinto que a dor voltou a habitar o meu corpo, que permanecia até então oco, vazio, feito o meu coração. Entre a dor e o nada, eu escolho o nada sem ao menos pensar. A dor tortura cada célula do meu corpo, eu sinto o sangue pulsar diretamente propocional ao meu coração, que se encontra em pedaços, onde as fendas se abriram. Eu vejo sangue escorrer por entre meus dedos e não faz diferença. A dor não cessa.

Mistura

Tanto tempo buscando esquecer o tom aveludado de sua voz, seu cheiro e a sensação que o seu olhar causa em mim, tentativas em vão. Estremeci ao ouvir sua voz, e subitamente todos aqueles pensamentos que por semanas vinha tentando esquecer, voltaram rapidamente, se aponderando da minha mente.E havia dentro de mim uma mistura de sentimentos. Não bem ao certo se era raiva, dor, vazio, amor, saudade. Estava tudo misturado e o meu coração doía ao te sentir.

domingo, agosto 14, 2011

Habituada ao silêncio

Música nos fones,olhar fixo aos pingos de chuva diante da minha janela e o pensamento vazio. O silêncio era algo perturbador há longos mêses atrás. E hoje estou habituada a ele, que já não me encomodo mais, e me aconchego me perdendo dentro de mim mesma. Não há mais nenhuma lembrança clara em minha mente atordoada. Não consigo lembrar de nada com exatidão do que se passou comigo nesses últimos mêses. De tanto querer lembrar perfeitamente minha mente bloquiou as lembranças. Tua voz que antigamente fazia meu coração desparar, hoje é uma voz estranha, que soa como um barulho totalmente irritante ao ouvir.Criei uma barreira tão imensa em nosso meio para me protejer,e hoje, mesmo ela estando caida ao chão, não sinto necessidade de me protejer. Não preciso de proteção mais. O veneno de suas palavras já não faz mais efeito em mim. Sei o que eu quero e o que eu acredito. Sei o que é verdade e o que é certo e bom pra mim. Lembro com nostalgia de como me sentia no passado, tão insegura, tão fraca implorando por meros sentimentos. Lembro-me que tinha medo e sempre havia aquela dor. Uma incessante dor que não cessava de jeito nenhum. Eu era tão imatura, uma menininha iludida com um pseudo príncipe encantado que convenhamos, estava mais para um idiota enrolado em um papel alumínio.

quinta-feira, agosto 11, 2011

Não quero mais me sentir assim

Estou cansada do silêncio que se formou dentro de mim. Estou cansada de me sentir mal, de me machucar com lembranças. Estou cansada de ouvir que tudo vai ficar bem e que é só uma questão de tempo. Eu sei que o tempo é o melhor remédio, cicatriza, mas as marcas sempre ficarão lá.Eu sei que isso passa. Mas não quero saber do futuro. Quero saber do agora. Eu luto todos os dias para te esquecer. Eu luto com as lembranças, com a dor. E hoje esse turbilhão de coisas já não machuca tanto quando ontem, mas machuca. Acabei me acostumando a me sentir assim, vazia, fria. Me acostumei com o silêncio. Me acostumei a estar sozinha. Mas o problema é que eu não quero mais me sentir assim. Eu não quero mais sentir absolutamente nada por você.  Eu quero minha vida de volta. E eu estou tentando, parei de ter pena de mim mesma e sai do meu quarto escuro. Mas eu não consigo suportar tudo isso. Não é tão fácil assim. Eu apenas queria pode ser quem eu era antes de te conhcer.Mais feliz, mais animada, sonhadora, desafiadora. E com um coração inteiro e saudável batendo em meu peito.

quarta-feira, agosto 10, 2011

Como você pode me ter em suas mãos e me deixar escapar?

Não consigo entender, as vezes me pergunto onde foi que eu errei... se foi por ter te deixado entrar em minha vida e se adonar dela, sem eu impedir, quebrando meu coração como se não fosse nada, se foi no momento em que eu te perdoei onde deveria ter te expulsado, e com toda a razão. Não posso te culpar. A culpa é inteiramente minha. Eu que me iludi, amei por nós dois. Eu preferi acreditar em seus olhos castanhos que nem por um segundo sequer foram sinceros comigo. Podias ter me avisado que eu havia entrado em um barco furado, e você pulou antes de afundar.
Passo noites acordadas ainda, pensando em um motivo concreto para me levar a conclusão de você ter feito o que fez. E continuo com milhares de duvidas martelando em minha cabeça, e hoje simplesmente nem quero mais saber.
Machuca saber que você me tinha nas mãos e me deixou escapar. Que todo aquele tempo registrado em minha memória foi apenas uma farsa. Me sinto uma idiota, por ter sido enganada por tanto tempo, e agora, depois de seis mêses continuo escrevendo sobre você, sentindo sua falta, amando você no fundo do coração e tentando me enganar que eu te odeio.

sábado, agosto 06, 2011

Se você soubesse

São 4:06 da manhã, e eu ainda estou acordada, segurando todas as cartas que eu lhe escrevi e nunca mandei, tentando acreditar que tudo que aconteceu foi verdade para conseguir me sentir melhor. Se você soubesse que eu sacrificaria as batidas do meu coração por ti mudaria alguma coisa? Se eu tivesse dito que estou suspensa por entre um fio e quem tem o controle é você, teria sido diferente?. Se você soubesse que eu contei todas as palavras que foram erradas e as transformei em uma canção..

quarta-feira, agosto 03, 2011

Medo

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. ( Martha medeiros) 

Pouco a pouco

Pouco a pouco estou deixando de me sentir aquela bagunça, de mêses atraás. Meus pensamentos estão clareando e já posso saber o que meu coração quer, de verdade.Não estou mais tão triste como sempre estava e nem sinto mais você em mim. Consigo sorrir sinceramente e meu riso alegre voltou. Meus olhos não estão mais vazios, e o brilho voltou. Há noite não me pego mais acordada pensando em tudo que aconteceu. Mas não posso dizer que ainda não choro de saudade, de vontade de vontar correndo em seus braços.