Há noite quando tudo permance em um silêncio intacto, totalmente em perfeita simetria, você abriga o meu último pensamento, antes de sentir o cansaço tomar conta e a inconsciência chegar.
Em meus sonhos você surge, assim, voltando aquela velha dor entalhada de cicatrizes que machucam feito um imenso punhal se aponderando do meu corpo.
Sinto-o ainda em mim, não tão presente como antes, mas ainda sim presente.Eu luto comigo mesma, tentando te arrancar de qualquer maneira da minha vida, do meu coração, mas sinto que na maioria das vezes perco.
Pego-me pensando em como as coisas poderiam ter sido e involuntariamente tomaram rumos opostos, foi uma escolha sua, e eu não posso finjir que não foi. Você escolheu assim, e eu apenas tive que aceitar. Você preferiu esconder a verdade, me contentando com meros sentimentos frios e vazios.
Hoje, a única escolha é te observar de longe, escondendo por trás de um sorriso falso um amontoado de lágrimas, por um ''nao me importo'' um ''eu te amo demais ainda sim''.